O amor é um misto de paixão, desejo e sedução, que embala os
corpos numa melodia por inventar, num oceano por navegar.
É afagar a nuvem que passa, branca e suave, abanar os
sentidos, esquecer tudo o que se sabe no momento em que os poros se respiram e
a pele transpira, num aroma perfeito e indefinido, entre o intenso e o suave.
No amor nada se sabe, além dos instantes repartidos entre os
beijos que trocam palavras não ditas, mas sentidas. Nos seios os lábios
excitam-se, nos ombros as asas agitam-se.
Voa a imaginação, cai a palavra no chão e só existe
silêncio, só permanece o sentimento, puro e belo.
O amor não é chama que se apaga num sopro de uma palavra
mais amarga, é compreensão, montanha onde se inicia uma grande escalada. Com
paragens e respirações ofegantes, o amor sempre foi, é e será, dos amantes
ternos e atenciosos, ouvintes atentos e presentes em tudo o que acontece.
Nas lágrimas também o amor se fortalece! Nos risos o desejo
acontece.
O amor é indecifrável, indefinido, depende do sentir e do
viver de cada um. Da capacidade de ser dar e saber receber.
O amor é abraçar, sentir, viver!
Cris Anvago
11/06/2015